A frequência cardíaca elevada está sabotando seu treino?
- Cristiano Fetter
- 15 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de abr.
Era um amanhecer lindo, o tipo de manhã que parecia prometer revelações. Júlia apertava os cadarços e ajustava o relógio enquanto a neblina rastejava pela base da montanha. Cada batida do seu coração parecia ecoar o mistério que ela estava determinada a resolver: “Como posso controlar minha frequência cardíaca e correr mais longe, mais rápido e com menos esforço?”
O desafio à frente não era apenas a trilha íngreme, mas a própria ciência do corpo humano. Decifrar o enigma da frequência cardíaca era a chave para desbloquear um novo nível de desempenho.

A Primeira Pista: O Ritmo Inicial É a Chave
No início da corrida, Júlia sentiu a tentação de acelerar. Mas ela sabia que ceder seria um erro. Começar rápido demais eleva a frequência cardíaca de forma desnecessária, como um carro arrancando em marcha alta. O corpo precisa de tempo para "aquecer" e encontrar seu ritmo.
Estratégia prática:
Inicie suas corridas em um ritmo mais lento que o usual, permitindo que o corpo se ajuste gradualmente.
Estudos demonstram que um aquecimento progressivo melhora a economia de corrida e evita picos de frequência cardíaca desnecessários (Joyner & Coyle, 2008).
A Segunda Pista: O Ambiente Molda Seu Desempenho
Enquanto subia o primeiro trecho íngreme, Júlia percebeu que o calor estava dificultando o controle da frequência cardíaca. Era um lembrete de que o ambiente é um jogador crucial no jogo da corrida.
Estratégia prática:
Corra nos horários mais frescos do dia, como pela manhã ou à noite, para evitar o impacto do calor na frequência cardíaca.
Hidrate-se adequadamente: beba 120-180 ml de líquidos a cada 20 minutos durante corridas longas, como recomenda o American College of Sports Medicine (Sawka et al., 2007).
A Terceira Pista: A Respiração é Seu Guia
À medida que a subida se tornava mais íngreme, Júlia ajustou sua respiração, trocando inspirações curtas e superficiais por respirações profundas e controladas. Isso ajudou a estabilizar sua frequência cardíaca, como um capitão ajustando o leme em um mar turbulento.
Estratégia prática:
Pratique respiração diafragmática, focando em expandir o abdômen ao inspirar. Isso ativa o sistema nervoso parassimpático e reduz a carga sobre o coração.
A Quarta Pista: Misture Intensidades para Desbloquear Potenciais
No platô, Júlia se lembrou de uma lição essencial: treinar apenas em ritmos leves limita o progresso. Treinos de alta intensidade ensinam o corpo a lidar melhor com esforços, ampliando a capacidade de trabalho do coração.
Estratégia prática:
Siga o princípio 80/20: 80% do seu treino deve ser em baixa intensidade (Zona 1), e 20% em alta intensidade (Zonas 3). Essa abordagem equilibra a construção de resistência aeróbica com ganhos de performance (Seiler, 2010)
A Quinta Pista: Conheça as Variáveis do Seu Corpo
No retorno, Júlia refletiu sobre como fatores externos — como sono, estresse e nutrição — influenciam a frequência cardíaca. O autoconhecimento era essencial para adaptar os treinos às condições do dia.
Estratégia prática:
Monitore sua frequência cardíaca de repouso todas as manhãs. Se estiver mais alta do que o normal, priorize treinos leves ou descanso. Isso evita sobrecarga e promove a recuperação.
O Desfecho: Paciência é a Chave do Código
Ao finalizar o treino, Júlia percebeu que o segredo não estava em acelerar o processo, mas em confiar no tempo e na consistência. Cada treino, cada ajuste e cada respiração eram peças de um quebra-cabeça maior.
Mensagem final: Treinar para controlar sua frequência cardíaca não é apenas sobre desempenho; é sobre ouvir seu corpo e encontrar equilíbrio.
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